terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ALDEIAS COMUNITÁRIAS & ECO-ALDEIAS

A experiência de quem viveu ou, no mínimo, de quem visitou as nossas antigas aldeias comunitárias é sempre empolgante. Um comunitarismo sem ser comunismo, uma gestão participada sem ser democracia pura, um sentido de interajuda, de comunidade, de complementaridade que assusta, que faz estremecer as nossas estruturas preconcebidas e instaladas como "únicas".

Uma recente leitura do livro "Rio Homem" de André Gago fez-me voar até à Aldeia comunitária de Vilarinho das Furnas (Gerês), afogada pelo Plano nacional hidroeletrico do estado novo. Além de ser também uma viagem pela Guerra Civil Espanhola e pela vida dupla de Salazar durante a 2ª Guerra Mundial, esta obra é um bonito quadro etnográfico sobre o funcionamento de uma aldeia comunitária.

Atualmente, na tentativa de revitalizar algumas das nossas aldeias, quase inanimadas, vários grupos de cidadãos, esforçam-se por dinamizar projetos de eco-aldeias, em torno de vivências sustentáveis, baseadas na interajuda e baixa pegada ecológica. A troca de bens, de sementes, de serviços, a interajuda, o debate de ideias, sessões de esclarecimento, estruturas de uso comum... um sem fim de possibilidades que promovem as relações pessoais, os valores da familía, da amizade, da solidariedade, do mutualismo. 


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